No mundo moderno das interações humanas, o fenômeno do ghosting tornou-se uma prática cada vez mais comum, deixando uma trilha de perguntas e feridas emocionais por vezes irreversíveis. Mas por que as pessoas escolhem desaparecer em vez de enfrentar conversas desconfortáveis? E quais são as feridas emocionais e sistêmicas que podem impulsionar essa prática?
Na sua essência, o ghosting é um ato de interrupção abrupta de comunicação, onde uma pessoa simplesmente deixa de responder às mensagens ou contatos de outra, sem qualquer explicação ou aviso prévio. Embora possa parecer uma solução fácil para evitar confrontos ou confrontar emoções desconfortáveis, o impacto emocional do ghosting pode ser profundo e duradouro.
Uma das razões pelas quais as pessoas recorrem ao ghosting pode ser atribuída a uma incapacidade de lidar com conflitos ou confrontos diretos. Feridas emocionais passadas, como traumas relacionados a rejeição ou abandono, podem levar as pessoas a evitar situações que possam desencadear essas emoções dolorosas. Assim, em vez de enfrentar uma conversa difícil ou confrontar seus próprios sentimentos, eles optam por desaparecer silenciosamente.
Numa uma sociedade onde a gratificação instantânea e a autopreservação são priorizadas, muitos podem ver o ghosting como uma maneira rápida e fácil de se desvincular de situações desconfortáveis, sem considerar o impacto emocional nas outras pessoas envolvidas.
No entanto, é importante reconhecer que o ghosting não é apenas um problema individual, mas também um reflexo de questões sistêmicas mais amplas. Numa era de conexões digitais e relações superficiais, as pessoas sentem-se mais desconectadas e desvalorizadas do que nunca. O ghosting pode ser visto como uma manifestação disso, onde as relações são tratadas sem qualquer consideração e as emoções alheias são ignoradas em favor do conforto pessoal.
Ghosting numa outra perspetiva para entenderes porque estas pessoas têm este tipo de atitude
Se um indivíduo cresceu num ambiente onde o abandono emocional era comum ou onde as relações eram instáveis e imprevisíveis, é possível que eles tenham esses padrões e os reproduzam nos seus próprios relacionamentos, incluindo a prática do ghosting.
Traumas familiares não resolvidos, como divórcios contenciosos, perda de entes queridos ou abuso emocional, podem deixar marcas profundas nos membros da família. Esses traumas podem criar uma série de padrões disfuncionais de comunicação e relacionamento.
Estes são só alguns exemplos, porque há mais. Aqui o importante é que se atraimos isto para nós é porque de certa forma estamos vulneráveis, frágeis e com falta de Amor Próprio.
Cuida da tua energia ✨
Com Amor
Filipa 🦋